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Episódio 3: Massacre do restaurante chinês

  • podcrimessa
  • 2 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura


Arias de Oliveira, foi um moço que chocou a cidade de São Paulo na década de 30. Seus atos abalaram uma importante e tradicional data da cidade e seu julgamento abriu portas para o questionamento do racismo, justiça e crueldade.


Em 1 de março de 1938, em uma terça-feira, Arias de Oliveira, tinha destino certo: o restaurante Órion - localizado na Rua Vanceslau Brás. Lugar onde foi garçom e trabalhou com serviços gerais por um breve tempo. Em seus planos, deveria ter ido na segunda, porém, era um dia que o comércio não abria e devido ao excesso no consumo de álcool do final de semana e a semana do carnaval, estava de uma ressaca violenta.

Arias, chegou a noite no local. Lá, foi recebido pelo dono do comércio, Sr Ho-Fong a xingos. Essa recepção pouco simpática não era a toa, o rapaz tinha vacilado no seu trabalho, desrespeitando o dono e a sua esposa (Maria Akiu Fong) na sexta feira passada. Isso foi o suficiente para Ho-fong meter o pé na bunda do moço. Naquele momento, Arias, ficou constrangido, pois as ofensas continuaram por muito tempo e ainda, na frente de todos os funcionários e amigos.


O ex-garçom se desculpou e tentou acalmar o comerciante, funcionou pouco e os dois puderam conversar mais calmamente. Pediu uma nova oportunidade de emprego mas nada mudou, Fong realmente estava furioso com a situação.


Mas o moço estava ali, por outros motivos. Como mantinha contato com alguns funcionários do restaurante, ficou sabendo, momentos antes de chegar no local, que, o Sr Fong e sua esposa guardavam jóias , dinheiro e outros bens, no seu apartamento que ficava nos fundos do comércio. Próximo a esse apartamento, se localizava alguns quartos, para que funcionários pudessem se hospedar. Pensando em furtar esses bens, pediu para dormir em um quarto desses que estava vazio, alegando não ter lugar para passar a noite. Mas Fong não aceitou e pediu para que se retirasse do local, já prevenindo uma má intenção do indivíduo.


Já na rua, Arias foi chamado por dois funcionários do locais, no qual mantinha uma certa amizade, Severino Rocha e José Kilikevicius. Os garços, disseram que conseguiriam deixá-lo entrar escondido, para dormir no quarto, com a condição que ele partisse cedo, pela manhã.


Arias então se abrigou no local e fingiu ter dormido, mas quando percebeu que seus ex-companheiros já estavam em uma soneca violenta, saiu do seu quarto com um pedaço de madeira que estava no local e matou com pauladas no crânio Severino e José. O rapaz era forte, Severino que era de mais idade morreu na hora. Mas José, acordou assustado com a situação gritou e tentou fugir. Tal alvoroço chamou atenção de Fong, que acordou e desceu as escadas do seu apartamento para ver o que era aquela gritaria nos quartinhos alocados a sua loja. Quando estava no dim da escada, deu de cara com Arias. Quando viu ele, gritou: “Que disglaça é essa?” Brinks, ficou assustado e partiu para o fight com o seu ex-funcionário. Infelizmente Arias acabou sufocando o chinês, fazendo que desmaiasse. O então assassino, pegou sua tora de madeira, a mesma que tinha utilizado para matar José e Severino e terminou matando o comerciante com tacadas no crânio.


Descontente com toda a crueldade que já havia gerado, foi até o quarto do casal em busca das jóias e do dinheiro. Ao chegar lá, se encontrou com a recém viúva Maria Fong. Pediu a mulher, que mostrasse o esconderijo do casal, mas ela não quis falar. Até que Arias joga ela no chão e pula em cima dela, nisso, concentra todo o seu peso na sua barriga e a coitada desfalece. Tendo o rompimento de seus orgãos vitais.

Sem obter sucesso no roubo, Arias fugiu, mas foi preso mais de um mês depois. Inicialmente alegou que não esteve no local, mas, após vários interrogatórios, alegou que só dormiu ali, fugindo para salvar sua vida, e depois confessou o crime.


Julgamento Arias foi defendido pelo advogado Paulo Lauro, tanto no julgamento como no recurso, tendo Arias de Oliveira sido absolvido, mesmo com convincentes provas e a própria confissão. O promotor público Rafael Oliveira Pirajá, porém, interpôs novo recurso, agora para dissolver o primeiro júri. Este recurso foi aceito e em um novo julgamento, Arias foi condenado a trinta anos de prisão. tendo cumprido oito em regime fechado. Arias morreu em 1976 em decorrência de um câncer no estômago.







Já conhecia esse caso? Nos conte o que achou nos comentários! Até o próximo episódio.


Bibliografia: Wikipedia, Metrópoles, Brasil Drummond, Amazon (loja), Scielo Brasil;

 
 
 

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